Aprenda com os elefantes: viver em bando é mais saudável!
Acho que não é novidade para ninguém, pelas noticias que lemos, que nossa expectativa de vida aumentou, em todos os cantos do planeta. Eu mesmo , já falei diversas vezes sobre isso. Nossa tecnologia, medicina avançada, exames modernos, tudo nos proporciona uma sobrevida após eventos, que no passado, poderiam ser fatais. Que ótimo!
Sim, ótimo, se você puder viver plenamente esses anos a mais, ou com o mínimo de dignidade e autonomia. Sobreviver a qualquer custo, é outra história. Então, o que podemos fazer pra ter essa vida saudável o mais longa possível. Atividade física regular! Até aqui nenhuma outra novidade também. Alimentação equilibrada! (ok, vocês também já sabiam dessa). E tem aí uma listinha de outras coisas, como melhor qualidade do sono, evitar excesso de bebidas alcoólicas, evitar tabagismo e outras drogas, etc…
Mas, uma coisa muito importante e que não é valorizada, é viver em bando. E essa lição aprendemos com os elefantes. Você imagina que dentro de um zoológico um elefante receba cuidados especiais, alimentação regular, remédios para doenças e proteção de outros predadores, e por isso ele fique seguro e possa viver mais e feliz, certo? Errado. Lembram da girafa do filme Madagascar? Ela tinha pânico de sair do zoológico, porque achava que ia morrer, até conhecer a savana africana, encontrar seus amigos de pescoço longo e descobrir o prazer e a liberdade.
É disso que estou falando. Os elefantes de zoológico vivem cerca de 19 anos, enquanto que seus parentes lá da África vivem cerca de 56! E sim, mais uma vez a explicação está na falta de atividade física, o que os torna mais sedentários e com excesso de peso. Mas, junto a isso há um fator bem importante: a privação de viver com outros, especialmente familiares. Os elefantes sofrem com a perda da estabilidade dos bandos matriarcais típicos de sua espécie, especificamente mães e filhas, quando são separadas.
E o que isso tem a ver com nós, humanos? Bem, se olharmos as pesquisas feitas em zonas em que as pessoas vivem mais e com melhor qualidade, as chamadas blue zones, vemos o que há em comum nesses lugares, não é nenhum tipo de alimentação, nenhum tipo de clima, nenhum tipo de atividade física específica. Mas sim, o fato de terem relações pessoais, de cultivarem amizades e laços familiares, de darem importância ao convívio social, e claro junto a isso, a regularidade do movimento físico, do exercício físico, programado ou não. Ainda nessas blues zones, há um consenso em manter a mente igualmente ativa, com trabalhos, remunerados ou não, e uma boa dose de espiritualidade.
Ou seja, eu gosto de dizer para vocês cuidarem de seus corpos, porque assim cuidam de sua saúde, se mantem mais saudáveis e por mais tempo. E também sabemos todo o bem que a atividade física promove ao nosso bem-estar emocional. Mas, não se esqueçam de valorizar os ciclos familiares, as amizades, a generosidade, a fraternidade entre os outros de nossa mesma espécie.
Até!
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