Sedentarismo e sobrepeso: perigos que os “millennials” ainda não se ligaram
Sem dúvida a geração dos "millenials" é antenada. Sabem sobre sustentabilidade, racismo, xenofobia, religião, feminismo… Mas tem uma coisinha que pode estar passando despercebida por eles. A importância do estilo de vida no que diz respeito à saúde na idade adulta. E eu estou falando de adultos bem mais jovens que das gerações passadas. Sete em cada dez "millennials" devem chegar a meia-idade, ou seja, entre 40 e 55 anos, com sobrepeso e outras complicações na saúde que em gerações passadas levariam pelo menos mais de uma década para surgir.
E nesse momento você deve estar pensando: "mas o problema do meu peso, da minha saúde, diz respeito a mim. Não tenho que dar satisfação para ninguém, certo?" Errado. A conta dos hospitais chega para todas as pessoas, saudáveis ou não, de forma quase que igualitária. Impostos no setor público e mensalidades altas dos planos de saúde são resultado da saturação do sistema. A única maneira de dar um freada nesse processo é investir em prevenção, o que significa dizer, melhorar a qualidade de vida evitando o sedentarismo e se alimentando de forma adequada.
Em alguns países, como Chile e México, o governo acreditou que sobretaxar o açúcar, por exemplo, traria um resultado positivo, reduzindo o consumo desse alimento e por consequência, o aumento de pessoas com sobrepeso. Resultado: não funcionou. A população continuou engordando. Sobrepeso significa uma porta aberta para várias das doenças mais comuns de hoje: diabetes, pressão alta, problemas de coração, além de vários tipos de câncer, até mesmo o de mama.
Então, o que fazer? Uma pesquisa recente divulgou o tempo de tela, ou seja, período em que crianças e adolescentes passam em frente ao tablet, celular, TV e computador atualmente. Temos a tristeza de ser o primeiro nesse ranking, com nossas crianças ficando ate quatro horas por dia nesse tipo de "atividade".
Medidas punitivas, como a de sobretaxar alimentos, provocam impactos em famílias de menor renda, e não educam. O que precisa ser feito passa por três fortes pilares que já se mostraram, em alguns lugares do mundo, possíveis. Por meio da educação, como em escolas da Finlândia, em que aulas de língua são feitas caminhando. Ou através da mudança do meio ambiente, como na Dinamarca, que é programada para o uso de bicicletas como meio de locomoção. Ou ainda, com premiação, como no Japão, que oferece menores mensalidades de planos de saúde para aqueles que conseguem manter a circunferência abdominal dentro de uma faixa considerada saudável.
É mais do que tempo de conscientizar as pessoas da importância dessa mudança de comportamento. "Desautomatizar" o nosso comportamento robótico que nos faz ficar sentados e comendo o tempo todo, sem avaliar nos estragos que serão causados no futuro.
E, sempre, não se esqueça de passar lá no canal BemStar, e conferir o vídeo de hoje.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.