Doenças do coração são as que mais matam: estilo de vida pode preveni-las

Crédito: iStock
Em 2018, no Brasil, 30% das mortes foram por doenças cardíacas. E os gráficos mostram que a tendência é só aumentar. No mundo, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), são 17 milhões de óbitos por ano por conta de doenças cardiovasculares.
Eu sinto uma enorme tristeza quando acesso essas informações, essas estatísticas, porque sabemos o quanto disso poderia ser evitado: em torno de 80%. E como? Apenas melhores escolhas, um estilo de vida mais saudável, evitar o fumo, reduzir o álcool, praticar atividades físicas com regularidade, ter uma alimentação um pouco mais saudável…
Pressinto que algumas pessoas já vão escrever lá embaixo: esse cara é louco, existe o fator genético, o histórico familiar… Sim! E da fato tem um peso grande, mas não o maior. Para aqueles que têm parentes de primeiro grau com histórico para esse problema, já que dentre todos os fatores de risco o genético é o único que não podemos controlar, é ainda mais importante que se tenha atenção ao estilo de vida.
Ao lermos esses dados certamente que nos vêm a cabeça imagem de pessoas idosas com problemas no coração, internados, tomando medicamento, com a saúde comprometida. E sim, nessa idade eles estão mais propensos a desenvolverem uma série de complicações na saúde, inclusive no coração. O sistema cardiovascular passa por várias alterações, como arterioesclerose, diminuição da distensibilidade da aorta e das grandes artérias, comprometimento da condução cardíaca. Até mesmo os barorreceptores, que são os detectores das variações bruscas da pressão arterial e que as transmite ao sistema nervoso central a fim de controlar a circulação sanguínea, ficam com sua funcionalidade comprometida.
Se com todos esses "facilitadores" para tornar a saúde do idoso ainda mais comprometida somarmos anos e anos de negligência com os próprios cuidados, com os hábitos e o estilo de vida que foi sendo construído, a situação se agrava, claro, muito mais.
Na verdade, nem seria preciso chegar até as idades mais avançadas para conhecer alguns estragos: 11% das mortes ligadas a doenças do coração ocorrem em pessoas entre 30 e 46 anos. Além de cigarro e álcool, costumam ser fatores agravantes o estresse elevado, excesso de peso, sedentarismo e colesterol alterado. Em episódios não fatais, já há um aumento de 13% no número de infartos entre adultos de até 30 anos.
O tempo entre o início dos sintomas e a desobstrução das artérias é o que vai determinar a maior ou menor chance de sequelas. A principal delas é a morte das células do miocárdio, o músculo cardíaco, que pode acarretar insuficiência cardíaca, arritmias e anginas.
Estresse, obesidade, diabetes, tabagismo, hipertensão e colesterol fora de controle são, novamente, apontados como os grandes responsáveis pelo aumento dessas estatísticas entre os mais jovens. E o mais importante: o sedentarismo. A atividade física pode controlar a maior parte dos fatores de risco descritos anteriormente (com exceção do tabagismo), e ainda deixar o coração mais forte e eficiente para funcionar com menos esforço e por mais tempo, em total autossuficiência.
O jovem que sofre infarto volta para casa em cinco dias, após os procedimentos de angioplastia ou colocação de stent, e retoma sua rotina habitual cerca de 1 mês depois. Mas não se engane que estará livre e definitivamente curado: terá que ser monitorado pelo resto da vida.
Bem, se havia alguma dúvida quanto à mudança de estilo de vida, após um incidente como esse creio que não há mais, seria a única forma de manter a saúde em dia por mais tempo.
No vídeo do canal eu respondo se já vale caminhar por apenas 6 minutos! Será?
Até!
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